Virginia Campbell.

A senhora norte-americana, de 99 anos de idade, sempre foi leitora voraz. E tal qual boa parte dos leitores assíduos, também gosta de escrever.

Acontece que, há algum tempo, Vírgina sofre com um glaucoma, o que a deixou longe dos livros e suas letras miúdas. E é agora, aos 99 anos, que ela vê em seu primeiro computador, um iPad, a possibilidade de voltar ao hábito da leitura.

Não importa muito se foi produzido ou não pela Apple. Particularmente, creio que não. Mas é inegável o quão bem um vídeo com emoção na dose certa pode fazer à uma marca.

vi no Merigo

Depois de algum tempo sem dar as caras por aqui, falha indesculpável confesso, volto à linha de frente do Passo o Ponto.

Circula pela rede um vídeo sensacional, homenageando Tarantino e os Irmãos Coen. A trinca é responsável pelo que tem sido feito de melhor no cinema contemporâneo, na minha humilíssima opinião.

Recomendo veementemente clicarem no play logo abaixo, vale cada segundo.

Google Buzz

Fevereiro 9, 2010

E os caras do Goolge deram mais um passo rumo a dominação mundial.

O Google Buzz reúne o que há de melhor em várias redes sociais, com a vantagem de estar integrado ao GMail.

Agora falta só conquistar a Europa, Oceania e mais um continente, à escolha deles, evidente.

E mais um vídeo exclusivo sobre o Buzz em aparelhos móveis.

Isso em um IPad deve ser até covardia.

On to the next one

Janeiro 5, 2010

Jay-Z é um sujeito brabo. Mais uma do cara, beat arrasador, rimas idem. Alguém ainda se surpreende?

ps: Headphones potentes altamente recomendáveis antes do play, sem misérinha de fone ipodiano.

Trends para 2010

Novembro 30, 2009

Recentemente saiu a lista das 20 tendências de consumo, comunicação e comportamento esperadas para 2010. O ranking ficou a cargo do Trend Hunter. Como era de se esperar podemos ver algumas que de fato podem vingar, outras nem tanto. De qualquer forma vale a pena conferir o que você poderá fazer daqui pra frente, ou evitar de antemão as apostas absurdas.

Welcome to the petabyte age

Novembro 30, 2009

Não há duvidas que desde os tempos da internet discada somos cada vez mais bombardeados por conteúdo. O caminho entre os disquetes e os super HDs foi percorrido em velocidade supersônica. De certa forma fomos nos acostumando com este aumento exponencial de informação, e nos beneficiamos das facilidades que isto nos trouxe.

Convivemos com bytes, megabytes, gigabytes, terabytes. Mas, será que há limite? A quantidade de informação continuará crescendo infinitamente?

Confira este sensacional infográfico elaborado pela empresa de armazenamento Mozy.

A revolução inevitável

Novembro 23, 2009

Você é daqueles que acham Orkut, Facebook, Twitter e outas mídias sociais apenas uma moda passageira? Ou não vê utilidade, acha que não passam de poços de futilidade?

Talvez não esteja enxergado a coisa abaixo da superfície. Convido-o a mergulhar, surpreenda-se.

via Blog do Link

Realidade virtual, grana real

Novembro 17, 2009

2012 foi uma dos filmes mais esperados de 2009 (pretendo ver em breve).  Os números de bilheteria confirmam essa expectativa, foram 230,4 milhões de dólares no fim de semana de estréia, em todo o mundo. A cifra é pra lá de respeitável, superando a estimativa da Sony, de 225 milhões.

Sempre que lia os dados de faturamento das produções holiwoodianas pensava que aquilo talvez fosse o melhor investimento do mundo. Minha visão leiga de economia e apaixonada pelo cinema me fez crer que investir na sétima arte seria melhor do que qualquer commodity ou moeda estrangeira. Seria.

Hoje deparei com uma notícia impressionante. Na última terça-feira foi lançado o game Call of Duty: Modern Warfare 2. O valor arrecadado? 310 milhões de dólares, em apenas um dia, exclusivamente na America do Norte e Reino Unido. A cifra não chega a ser novidade, há pouco tempo o lançamento mundial de Grand Theft Auto IV teve o mesmo faturamento.

Em julho deste ano a chegada de “Harry Potter e o Enigma do Príncipe” aos cinemas gerou 394 milhões de dólares, a maior estréia do ano até agora. É provável que os 310 levantados por Modern Warfare 2, somados aos países fora da America do Norte e Reino Unido, ultrapassem as marcas do filme do bruxo, ou pelo menos chegue bem perto.

Muita gente ainda torce o nariz, mas é inegável que video game, além de divertir, rende grana pra quem produz, investe e anuncia. E não é pouca.

update (22/11) :

Passados cinco dias de seu lançamento o game Call of Duty: Modern Warfare 2 arrecadou 550 milhões de dólares. Com isso ultrapassou a receita total de GTA IV (500 milhões), a bilheteria da primeira semana de Harry Potter e o Enigma do Príncipe (394 milhões), tornando-se o maior lançamento da história do entretenimento.

45.166.109

Novembro 16, 2009

O filme online “Roller-skating Babies” , criado pela BETC Euro RSCG para a água Evian, entrou para o Guinness Book como comercial de internet mais assistido, depois de ter tido 45.166.109 visualizações até o dia 09 de novembro.

Confira a aula de computação gráfica abaixo:

via CCSP

Cinco minutos do fim

Novembro 11, 2009

Há alguns meses vi e fiquei impressionado com o trailer de “2012”. Hoje a Sony Pictures divulgou cinco minutos do filme, com legenda. A partir da cena que foi liberada a conclusão é obvia: é obrigatório ir ao cinema para conferir o resto. Só os efeitos, em tela grande e com som apropriado, já valem os 9 reais da meia-entrada.

Confiram:

Parabéns ao marketing da Sony, conseguiram convencer a mim e muita gente.

Em meio a invasões de palco, topo das paradas e lágrimas em programas de TV, Kanye West segue em sua egotrip sem fim. Dessa vez o cara pagou de ator e estrelou We Were Once a Fairytale, curta metragem do diretor Spike Jonze. No filme o rapper representa um sujeito, digamos, atordoado. E ao que parece qualquer semelhança com sua própria vida não é mera coincidencia.

Particularmente, achei péssimo. Não que eu não” tenha entendido o que Jonze quis dizer”, vi, entendi mas não me convenci. Nem a tentativa de um grand finale surreal salvou o filme. Se a sua curiosidade supera a sensação de ter jogado 10 minutos de vida no lixo, é só clicar no play.

Vodpod videos no longer available.

esp

O auditório K-102, da PUC – Rio, vai receber o seminário Esporte na Mídia – A construção do ídolo.

Esta será a segunda edição do evento, dessa vez contando com as presenças dos jornalistas José Ilan, Carlos Gustavo, Fernando Ávila, da comentarista e ex-atleta Mariana Brochado, e do presidente e ídolo do Vasco Roberto Dinamite.

O evento não é destinado apenas a profissionais e estudantes da área, mas também para qualquer pessoa que se interesse por esportes. Vale lembrar que a inscrição é gratuita e aberta para alunos e não alunos, contando como atividade complementar para os filhos da PUC.

Para mais detalhes é só chegar no ótimo blog do Carlos Gustavo.

Boa noite – sexta-feira

Outubro 16, 2009

Mais uma noite de sexta no balneário de San Sebastián. Sequência para embalar a noite, enjoy.

Manhã de quinta-feira

Setembro 25, 2009

Há 23 anos vim ao mundo na Tijuca. Na verdade nasci no Humaitá, mas com poucos dias fui para o bairro da Zona Norte. Casa de vila, vizinhos da mesma idade, bola, botão, peão, gibis da Turma da Mônica, a infância que todos merecem ter. Na rua Visconde de Itamaraty, calmíssima, árvores a perder de vista trilhavam o caminho entre a Praça Vanhargem e o Maracanã. O maior do mundo era quintal, brincava de correr no Célio de Barros e de mergulhar dos trampolins do Júlio Delamare.

O bairro preenche lacunas fundamentais na minha lembrança. Nunca esqueço da primeira vez que fui ao colégio sozinho. O trajeto não era longo nem curto, médio. Foi também a primeira viagem de ônibus só por minha conta. Entrei no Mercedez-Benz na São Francisco Xavier, ainda antes do Colégio Militar, e desci na Haddock Lobo, na porta da Fundação Bradesco, imediatamente em frente a belíssima igreja dos Capuchinhos.

E durante alguns anos essa rotina se manteve. O cheiro de pipoca e o badalar do sino da igreja avisavam, meio-dia, o sinal tocava a turba de moleques descia as escadas em disparada. De vez em quando um futebol antes de ir pra casa, as vezes nas quadras do colégio, outras na Praça Afonso Pena, três pra cada lado, com camisa contra descamisados, mochilas viravam traves.

Neste futebol quase diário, na hora do par ou ímpar para escalar os times, um moleque era sempre o primeiro a ser escolhido. Não driblava bem, tampouco tinha o chute preciso, Orlando era o melhor goleiro do colégio. O moleque era uma muralha, não passava nada, com ele no gol era mais que meio caminho andado para a vitória.

A Fundação Bradesco era um colégio, digamos, democrático. Filhos de funcionários de alto escalão do Banco dividiam a sala com crianças das comunidades vizinhas. Meus pais nunca foram bancários, e eu não morava no Turano, Formiga, Fogueteiro, São Carlos ou Morro do Estácio. Fui estudar lá graças a uma diretora amiga de minha mãe, “pistolão” do qual não me envergonho, diga-se. O ensino era muito bom e totalmente gratuito.

Naquele tempo não havia esse furdunço em torno do sistema de cotas, e sem dar importância para este rótulo, a Fundação Bradesco foi pioneira. Não pretendo discutir a polêmica criada recentemente em cima desta medida nas Universidades, pelo menos não agora. Mas a grande verdade é que naquela época éramos todos amigos, não dávamos a menor bola pra isso, uma galera unida independente do CEP. Muito diferente dos olhares atravessados e denúncias que ocorrem nas instituições de Ensino Superior. O que beira o ridículo, supondo que as pessoas evoluíssem com a idade.

Orlando fazia parte da turma que morava em uma favela das redondezas, não lembro exatamente qual, a Tijuca é cercada por várias. Mas uma coisa nunca esqueci, a profissão da mãe dele. Não lembro o nome da mulher, mas lembro nitidamente do dia que falávamos sobre isso. Era antes do dia do trabalho, a professora perguntou a profissão dos pais de todos, queria chamar alguns para falarem sobre a labuta para a turma. Orlando levantou o braço e disse que a mãe era manicure. Acho que pela sonoridade a palavra ficou gravada na lembrança. Meu pai, advogado, e a mãe da Tati, médica, foram depois a sala de aula, e a Tati morreu de vergonha.

Lembrei da mãe do Orlando exatamente ontem. Cheguei em casa e vi a notícia de que uma mulher, manicure, tinha sido baleada na Tijuca. Antes que alguém suponha, não era a própria. Mas o crime abriu um buraco nessa armadura que criamos após tantas barbaridades, aquela capa de indiferença que vestimos com a banalização e recorrência da violência.

Vanessa Ramos foi vítima de uma bala perdida em plena manhã, no Largo da segunda-feira, em frente ao Colégio Santa Tereza de Jesus. Há alguns anos eu passava exatamente neste lugar, em minha primeira ida ao colégio sozinho, tentando ver minhas primas na entrada do Santa Tereza, elas estudavam ali. Também era manhã de uma quinta-feira.

Hoje, sexta-feira, um homem fez uma outra mulher refém, novamente na Tijuca. Aconteceu em uma farmácia na rua Pereira Nunes, lugar onde muitos amigos de colégio moravam, onde cansei de ir em festinhas quando criança e começo de adolescência. Uma hora depois do início do assalto uma multidão, in loco ou atrás da TV, viu o cidadão, granada em punhos, ser abatido com um tiro na cabeça.

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Hoje não moro mais na Tijuca, quando tinha 9 anos meus pais se separaram, sinal dos tempos, vim morar com Dona Leila no Bairro Peixoto resquício de subúrbio em Copacabana, Zona Sul com ares tijucanos. Há alguns anos, em uma das viagens Tijuca-Copacabana após a aula, o 432 apinhado de amigos foi parado na rua com alguns outros ônibus, pessoas correndo desesperadas. Era um “protesto”, em frente ao Metro do Estácio, todos os ônibus foram incendiados, ficamos 2 horas confinados numa pastelaria esperando o tumulto acabar.

Minha mãe decidiu me mudar de colégio no fim do ano. 2001, primeiro ano do ensino médio, entrei para o Colégio Bennett. Novos amigos (alguns irmãos). Estudando no Flamengo, morando em Copa, as idas a Tijuca foram rareando cada vez mais.

Com 23 anos me vejo estudando na PUC, reta final que insiste em não acabar. Continuo morando em Copa, bairro louco, caótico e adorável. Em março deste ano, poucos metros da pracinha do Bairro Peixoto, esquina da Santa Clara com Toneleiros, cenas de guerra em plena rua, novamente em frente a uma farmácia ainda aberta. Tiros, rajadas, explosões e cinco mortos. O saldo foi maior daquela vez, pelas calçadas de Copa escorreu mais sangue do que nas Tijucanas.

Já passaram Brizola, César Maia, Conde, Marcelo Allencar, Moreira Franco, Saturnino, Benedita, Garotinho (e família), agora Cabral e Eduardo. O Rio está entregue, a cidade sofre, sangra. Mas deixa estar, todos estão felizes, temos uma Copa do Mundo e Olimpíadas a caminho, alvíssaras! E a dúvida que insiste em martelar. Quem é pior, eleitor ou eleito?

Boa noite – quinta-feira

Setembro 24, 2009

Sambinha da melhor qualidade para embalar a noite. Dueto de Chico e Mart’nália, em Berlim.